5 Fases
Este é um artigo composto por três posts. Caso não tenha começado pelo primeiro post este é o link pelo qual você deve começar a leitura:
Uma coisa importante para o empreendedor é aprender o conceito de Pessoa Física e de Pessoa Jurídica. O relacionamento mais saudável é o que separa ambos, mas como somos humanos muitas vezes projetamos na Pessoa Jurídica atributos humanos.
Aceitando o fato que empreendedores se relacionam com Pessoas Jurídicas como entes humanos apresento a pesquisadora abaixo:
Elisabeth Kübler-Ross
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Elisabeth Kübler-Ross, M.D. (8 de julho de 1926 — 24 de agosto de 2004) foi uma psiquiatra que nasceu na Suíça. Ela é a autora do livro On Death and Dying, no qual ela apresenta o conhecido Modelo de Kübler-Ross.
Ela nos apresentou o seguinte modelo sobre como lidamos com perdas.
Quando começamos a perder a nossa amada Pessoa Jurídica, passamos por um período de adaptação para elaborar essa perda. Podemos pensar, em linhas gerais, em 5 fases de luto.
1. Negação e choque
A primeira reação à perda é o choque e a negação. É difícil entender e aceitar o que aconteceu. É comum, neste momento, racionalizar a situação e minimizar o impacto que ela tem e terá em nossas vidas.
Como é no Fitness:
“Eu não acredito que eles decidiram abrir uma unidade exatamente aqui ao lado!”
“Nossos Alunos vão entender a diferença e não irão nos abandonar”.
2. Raiva
Apesar de podermos saber, racionalmente, que não faz sentido, pode acontecer de culparmos o Cliente por nos deixar. Dirigimos a raiva a todos a nossa volta:
“O Cliente não consegue ver a diferença da qualidade do nosso serviço”.
“É tudo culpa da crise”.
“Também com esta mão de obra que tenho é impossível melhorar”.
3. Negociação
A negociação anda de mãos dadas com a negação. É quase uma tentativa de fazer a vida voltar ao que era antes.
“Muito em breve os Clientes irão retornar, pois lá é tudo muito ruim, não tem professores”;
“Assim que a crise passar tudo irá melhorar, as pessoas estão sem dinheiro e não é culpa nossa o que está acontecendo”.
“Estão faltando Clientes”;
“Primeiro mês por R$ 1,99”.
4. Depressão
Depois de uma perda, é muito provável que em algum momento, passemos a nos sentir cansados e um pouco desconectados das outras pessoas. Ficamos mais silenciosos e podemos ter alterações no apetite ou no sono.
“Vou embora do Brasil”;
“É impossível empreender neste país”;
“Vou sair agora deste grupo de empreendedores, eles não me entendem”.
5. Aceitação
Você aceita a perda e começa a pensar num jeito de dar um destino para a sua Pessoa Jurídica.
“Vou vender por R$ 1.000.000,00, que foi o que investi, e quem comprar assume a dívida de R$ 2.000.000,00”;
“Não aguento mais, vou fechar as portas”.
No caso de uma Pessoa Jurídica, que não é humana, ela tem super poderes que nós não temos. Descobri isso quando jantei em um restaurante que tinha 475 anos de funcionamento ininterrupto. Ele fica na Alemanha, em Leipzig, atravessou duas guerras mundiais e todo um período de comunismo, sempre de portas abertas.
Pessoas Jurídicas não tem data de expiração pré determinada, são teoricamente imortais, embora morram tipicamente jovens.
Se você quiser voltar a ser relevante no mercado este artigo mostra como o dono real do açougue se reposicionou:
Abraços,
Fernando Teixeira
P.S. já enterrei algumas Pessoas Jurídicas, minhas e dos outros, até mesmo me divorciei de uma muito rica e próspera, que fui eu mesmo que batizei.
Falo por experiência própria que as cinco fases existem, talvez não para todos, mas certamente para mim existiram.