Adapte-se

Este é um artigo composto por três posts. Caso não tenha começado pelo primeiro post este é o link pelo qual você deve começar a leitura:

Artigo inicial.

A história do açougue que falei é real e ainda está sendo escrita. Fica muito perto da minha casa, o açougue Low Cost existe e eu mesmo sou um que compro nele e raramente compro no açougue independente.

Tudo bem, eles não precisam de mim mesmo, pois estão muito bem e continuam relevantes e firmes no negócio. Não faltam Clientes para eles.

Sinceramente não conheço muito bem a história deles, mas consigo acompanhar pela internet e sei que eles estão lá desde muito tempo. Vou fazer uma leitura da situação, da maneira como vejo, não necessariamente da maneira mais precisa.

São um açougue muito pequeno, não tem uma instalação de luxo, mesmo para os padrões dos açougues independentes daqui de Brasília. Veja você mesmo:

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Eles estão muito próximos do açougue Low Cost, segundo o Google Maps, estão a 220 metros de distância.

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Tinham tudo para fechar, mas se adaptam desde o início, são uma força que não se entrega. Algumas coisas que me parecem ser verdadeiras:

O empreendedor vive do negócio, não é rico e nem tem sócios investidores e banqueiros;

Eles mantém uma oferta diferente do outro açougue da multinacional, chamam de Cortes Especiais. Eu realmente nunca vi nenhum Corte Especial no concorrente deles;

Na ausência de capital ele usou o que ele tinha e não ficou lamentando pelo que não tinha. Criatividade, energia, equipe e parcerias com a comunidade;

Ele deu um significado muito mais amplo ao negócio ao adotar uma bandeira única. Eles são um açougue que apoia a CULTURA.

Neste final de semana fui passar na frente do açougue e não pude passar, pois havia uma barreira da polícia que interrompia a pista e todo o comércio.

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Era o show anual que o açougue promove. A artista do dia era a Marina Lima com seu novo show “Três”. Você leu certo, era A Marina Lima. Mas não pense que era uma ação enlouquecida que torrou todo o caixa do açougue. Veja a lista dos últimos anos:

A Noite Cultural T-Bone é um evento anual, dos mais esperados pelo público.  Já trouxe à capital grandes nomes da música:

Ivan Lins, Milton Nascimento,  Zé Ramalho, Alceu Valença, Zélia Duncan,  Erasmo Carlos, Blitz, Elba Ramalho, Renato Teixeira e Antônio Nóbrega.

Com mais de dez anos de existência, faz  parte do Calendário Cultural oficial do Distrito Federal (Lei nº. 3.193, de 25 de setembro de 2003) e tem apoio da Secretaria de Cultura do DF e da Administração Regional de Brasília.

Satisfeito?

O dono não está satisfeito ainda. Ele abraçou a parceira para levar a Cultura para vários lugares do DF. Fez parceria com empresas gigantescas e montou duas Kombis da Cultura. Uma das parceiras é o Banco do Brasil e outra um enorme laboratório de análises clínicas daqui, o Sabin.

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Satisfeito?

Não se entregue, já perdi muito, mas muito mesmo em termos empresariais e estou agora fazendo parte de uma Startup vibrante, cheia de inovações e que fará a diferença na vida de nossos Clientes.

Minhas sugestões são:

Estude todo dia, parabéns por ler os três longos artigos, isso fala muito sobre você;

Se prepare para ser empreendedor, não assuma que é normal não gostar de números, de gestão e muito menos de Clientes e Colaboradores;

Goste de sua equipe, é a lei da reciprocidade, se você não gosta deles eles não gostam de você;

Defina uma missão maior do que melhorar a estética das pessoas, esta é uma missão válida, mas pouco lucrativa;

Se associe com seus parceiros, seus vizinhos, outras empresas e porque não, com a Low Cost. Tem espaço para todos pois a missão é muito grande.

Abraços,

Fernando Teixeira

P.S. acho que vou comprar um Corte Especial esta semana. Eis o site deles caso você queira experimentar também.

http://www.t-bone.com.br/index.php

Fernando Teixeira