Pedras

Um Rei decidiu que queria conhecer melhor seus súditos trabalhadores. Ele então se dirigiu para um de seus canteiros de obras.

Ao chegar abordou um jovem trabalhador. Jovem, qual o seu nome? Pergunta o Rei.

Meu nome é Rufus, majestade. 
Em que você trabalha Rufus?
Meu trabalho é pegar pedras daquela pilha ali e, usando estas ferramentas, cortar estas pedras do tamanho que me for ordenado. Eu consigo todos os dias cortar até 50 pedras, todas do mesmo tamanho e formato.

O Rei então se dirige à um segundo trabalhador. Qual o seu nome senhor?
Eu sou Peter, majestade.
O que você faz Peter?
Majestade, eu sou o melhor cortador de pedras de todo o Seu Reino. Domino a arte de cortar pedras com perfeição e maestria. Minhas ferramentas são as mais especializadas e produtivas e as pedras que eu corto são obras de arte.

Ainda curioso, o Rei se dirige ao terceiro homem, que também cortava pedras.
E você, quem é?
Sou Vincent, responde o trabalhador para o Rei.
E o seu trabalho Vincent, qual é?
Meu amado Rei, eu faço o melhor e mais importante trabalho que já tive.

Eu ajudo a construir catedrais!

Esta história me foi contada por uma colaboradora, em um dia especialmente difícil na minha indústria. Se você empreende é certo que dias assim irão acontecer, bem mais do que você gostaria.

Eu me senti como se uma enorme porta tivesse sido aberta na minha frente. Eu poderia empreender cortando pedras em grandes quantidades, ou ainda de maneira perfeita, mas isso não era suficiente para me manter motivado.

Construir catedrais fez meu olho brilhar.

Eu estava na área médica naquele momento e a catedral diante de nós era imensa. Fazer com que os cardiologistas tivessem todo o apoio tecnológico para cumprir sua missão de cuidar do coração das pessoas.

Mas não pensava apenas na visão romântica, eu sou empreendedor. Como construtor de catedrais eu comecei a agir diferente. Vou citar as mudanças na minha atitude ao longo dos anos:

- passei a prestar atenção nas pedras que estávamos cortando para ver se elas se encaixavam na nossa catedral. Se não encaixassem parávamos de cortá-las;

- me certifiquei de explicar para todos os colaboradores que o que estávamos fazendo era uma catedral. Vários entenderam;

- frequentemente analisava as plantas da catedral. O rumo do que fazíamos ficou claro, não focávamos apenas em pedras, mas sim em pilastras e muros, que tinham que culminar numa linda e poderosa catedral;

- nossa empresa se posicionou como construtora de catedrais e tudo que fazíamos e como nos comunicávamos passou a refletir isso;

- entendi claramente que é impossível construir catedrais sozinho e que é muito difícil construí-las bem feitas apenas com cortadores de pedras;

- nunca mais aceitei ser remunerado como um cortador de pedras ou como um artesão.

Um dia eu estava em nosso estande em um grande congresso médico. Um médico que eu não conhecia parou na frente, olhou para o nosso logotipo e me disse o seguinte: eu tenho orgulho de ser brasileiro quando vejo esta empresa.

Raramente conto esta história, a verdadeira construção da catedral não foi nada simples e muito menos recheada de elogios.

Mas naquele dia eu contemplei a catedral em toda a sua glória.

Bem melhor que cortar pedras.

Abraços,

Fernando Teixeira

P.S. O que eu mais amo no Fitness é a catedral diante dele. 

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Fernando Teixeira